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sábado, 18 de setembro de 2010


É nela que mora o desafio. Dentro. Num lindo lugar onde guarda todas as coisas bonitas da vida. Aprende tododia que a felicidade acende sua luz quando a alma vibra numa frequência macia pra acordar o riso. O tempo ensina que existe um terreno pantanoso também. Habitado por gentes com fome de brilho no olhar e leveza de alma... Mas acreditar é uma palavra que ela gosta. Porque é simples, porque se importa com o que faz a vida cantar. E isso pode não importar a mais ninguém, mas não tem importância alguma. Porque ela gosta de rabiscar folhas por todo lado acreditando que isso tem algum significado. E tem. Sempre tem. Aprende que o egoísmo do outro fala alto quando abafa a voz do amor de dentro. Talvez porque é venenoso, corrosivo. Mas esse mal, vai ter que engolir sozinho. Porque ela tem sua melhor aula com ela mesma. Que algumas coisas só se aprende com o tempo e que só com o tempo é que a gente começa a aprender. Vive agora e um dia de cada vez. Mas vive. Cria e ama. Acha difícil e continua, modestamente. Não é Amélia, porque tem lá suas pequenas vaidades. Quer coroa de guerreira e sabedoria de mago. Chora, mas não lamenta. En- canta. Cai e levanta e dança. E sorri... isso com muito gosto. É cheirosa, mas não é rosa, não é acácia, nem orquídea... é raça! Tem coração sempre a semear esperança. Planta girassol pra ter estrela na terra e o sol a espiar. Foi criada pra ser mulher de rosto sereno, leve, só porque nasceu com nome de borboleta. Espera todo dia seu bater de asas coloridas. Porque é mulher de vôo. Porque é Mulher. Porque carrega nas costas "essa estranha mania de ter fé na vida".


(Vanessa, do Quintal de felicidades, texto adaptado.)
 


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