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quarta-feira, 6 de outubro de 2010


Não sei o porque sinto tanto as dores alheias, ás vezes me importo mas com os outros do que comigo mesma, mas tenho que entender que sou e  vou sentir diferente dos outros. Essa minha intensidade de sentimentos, essa minha mania de querer solucionar os problemas alheios de sempre querer proteger as pessoas. Mas, na verdade sempre fui assim, ainda quando criança lembro que encontrei um gatinho na rua e levei pra casa, quando minha mãe chegou não me deixou ficar com aquele gato que tanto já tinha cuidado, ela me falou que eu não podia ficar com ele, porque ele era sujo, era gato de rua, e podia ter alguma doença e passar pra mim, mas que logo iria me dar outro gato, bonito e limpinho e sem ser da rua. Lembro que chorei semanas, porque na verdade não queria outro gato, eu queria aquele magrinho de rua e tão frágil. Os anos se passaram, minha idade aumentou, eu cresci um pouco, mas ainda sou aquela criança, ainda sou a mesma criança, que gosta de proteger ás pessoas que ama, mesmo se não receber nada em troca, porque o que vale sou eu e os meus sentimentos. Já me machuquei muito por ser assim, mas tenho que entender que vez ou outra isso vai me pesar, pois sentir dores que não me pertence é um tanto dolorido, você sente vontade de fazer algo para aliviar, a dor daquela amiga tão querida, que tanto já riu e já chorou junto a você. Então o que posso fazer nesse momento é dar  o colo, o ombro, o abraço, o apoio, dou as minhas palavras, que nesse momento é o meu maior poder.

(Mosane)

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