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domingo, 4 de agosto de 2013


Eu sou um poço de maldade e confesso. Acho que eu devia ser queimada numa fogueira, sabia? Tudo culpa da minha língua. Sou linguaruda mesmo, falo de quem merece. E assumo. Mas, sabe, não sou falsa. Sou exibida, cabeça dura, turrona, chatérrima e na TPM sou o demonho em forma de gente, mas não sou cínica. E detesto gente assim. Uma pessoa que se aproxima de outra para tirar vantagem, que fala de um determinado grupo de pessoas e depois está lá aos beijos, abraços e confidências? Isso não é comigo. Você pode voltar atrás no que disse a respeito de alguém? Pode. Você pode ter se enganado na primeira impressão? Também pode. Tudo pode. O que não pode é usar da má fé. O que não pode é fazer um circo em torno de uma situação. O que não pode é vestir a roupa de pessoa boazinha, evoluída, super de bem com a vida, a mais feliz do mundo, a mais querida, a mais meiga, a mais solícita. E lá no fundinho ser a pessoa mais traiçoeira do universo. Isso, sim, é que não pode.

Clarissa Corrêa

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