Páginas

sábado, 22 de maio de 2010

E eu cheguei lá, como quem chega numa festa de aniversário sem ser convidada, sem conhecer ninguém, sem conhecer o aniversariante. Cheguei tímida, envergonhada, de cabeça baixa, entrei naquela sala que estava vazia e esperei. Conforme os minutos passavam aquela sala vazia começava a se encher, e o que era enorme se tornou pequeno. Era tanta gente, gente estranha, gente maluca, gente que eu nunca havia visto antes e que eu não imaginava conhecer um dia. Era o meu primeiro dia na faculdade. Ainda lembro bem de como analisei cada pessoa ao entrar. Esse parece ser legal, essa parece ser metida, aquele ali é “filhinho de papai” e por aí vai. E não imaginava como seria bom estar ali. E não imaginava me apegar a tanta gente diferente, de maneiras diferentes, de sentimentos diferentes.
Teve aquela que eu vi chegando junto comigo e não fazia ideia de que poderia ser da minha turma, achei ela meio séria. Depois a vi entrando na sala e achei meio tímida, meio cdf, meio na dela. Com o passar do tempo vi que era esforçada, dedicada, responsável e parceira pro que der e vier.
Teve aquela que conheci bem no começo, quanto mais o tempo passava, mais eu me sentia bem ao lado dela, porque tínhamos personalidades parecidas, porque a gente se dava bem, porque era muito além do que um simples colega de classe. Aquela que mesmo na fossa encontrava motivos de piadas, e riamos durante as madrugadas, depois que chegava da balada, era ela que sempre me aconpanhava nas melhores festas, e me acompanhava também na vodka . Lembro também da nossa primeira briga, mandei uma mensagem para o celular chamando ela de egoista, e no dia seguinte mandei outra, que dizia que ela não era tão egoista assim. Mas depois já estava tudo bem, a história já era motivo de risos e a nossa amizade é motivo de alegria.
Teve aquela turista, que se achava a excluida, e que a única amiga dela era eu, mas que sempre me ajudou, e eu já dei muito trabalho pra ela, e ela até hoje me liga de madrugada para contar aquela novidade pela quinta fez. Teve também a dona lunga, no começo do curso achava ela a pessoa mas grossa do mundo, mas vi o quando foi bom conhecê-la bem, ela é a minha amiga mas informada de todas as baladas que acontece na região, festa, vaquejada, todos os eventos ela é a primeira a saber, e ela também adora reclamar da minha bagunça, da minha falta de organização, ou melhor ela reclama de tudo, e eu adoro aquela lunga. Ah teve aquele meu amigo, que quando ta de mau humor, ninguém pode chegar perto, mas quando esta bem humorado faz a alegria da turma, ama todo mundo, e dança até o chão.
Teve aqueles que conheci por ultimo, esses são um bocado. Parecia que eu estava começando do zero novamente e, ao mesmo tempo, parecia que eu os conhecia há séculos. Acho que de tudo o que vivi lá dentro, esta foi à melhor fase. E eu estava feliz por fazer parte. Tudo se tornava e se torna legal ao lado desse povo todo. Foi sem sombra de dúvidas a minha melhor turma. .
E eu? Eu me sinto lisonjeada de ter conhecido essa gente doida. De ter aprendido tanto. Eu me sinto lisonjeada de ter ido parar naquele curso por acaso e de ter adorado cada segundo, cada minuto, cada instante lá dentro. Eu me sinto lisonjeada por ter feito valer a pena. E faria tudo novamente só pra conhecer toda essa gente.





Nenhum comentário:

Postar um comentário